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domingo, 14 de março de 2010

Adeus, Amigo!

Sempre houve você, amigo.
O vento vem me incomodar.
Não existe paz na minha realidade.
Meus pés descalços não querem me levar de volta.
A montanha é muito íngreme 
e estou escorregando, estou caindo.
Lá embaixo está a solidão me esperando,
sempre com seus braços abertos.
Tenho pressa e você não entende
que a minha alegria é você.
Minha vez de participar do jogo nunca chega.
Um latido angustiante, um resto de ração,
um uivo, um gemido...
Meu coração não consegue
se livrar dos cães famintos.
Minha cabeça tem guizos.
Sou nada e doravante serei menos ainda.
Acho que meu coração quer parar.
Quer rever os amigos que se foram.
Se foram ontem. Ontem mesmo se foram.
O abandono de um amigo fere a alma.
Mas o desprezo tortura a alma,
esfola os sentidos.
Meu coração insiste em querer parar...
Saudades, amigo...

14 de Março - Dia da Poesia