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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ACRÓSTICO DALÊ

L inda, menina linda!
E specialmente linda.
N ada de beleza efêmera...
I nfinitamente linda!
L inda como quer a beleza,
D oce como quer o lúdico,
E specialmente linda.
S implesmente linda!

EU FALO TANTO QUE TE GOSTO...

Eu falo tanto que eu gosto de você 
que tenho medo de sufocá-la...
Não me deixe sufocá-la...
Eu nasci em frente a um sorriso, 
Nasci em frente a um bar...
O bar já vai fechar,
Mas meu sorriso insiste em permanecer aberto.
Eu gosto tanto de você,
Eu nasci em frente a você,
Meu sorriso está aberto por você.
E se falo tanto que gosto de você,
Não me deixe sufocá-la...

SE VOCÊ QUISER...(incidental..)

Se você vier para o que der e vier,
comigo,
Eu te prometo o sol,
se hoje o sol sair....
Ou a chuva,
se a chuva cair...
Se você vier,
até onde a gente chegar...

PERTO DE VOCÊ

Quando estou perto de você, me sinto um rei,
Mas pequeno diante da tua realeza,
da tua grandeza, da tua beleza...
Quando me vejo ao teu lado, me sinto um menino,
Mas poderoso segurando tua mão, sob tua razão,
submisso ao teu coração,
Quando acordo sentindo o teu calor, me sinto único,
Mas dominado pelo teu perfume, fisgado pelo teu ardume,
tonteado pelo teu lume.
Quando só penso em você, me sinto mais que feliz,
Mas completamente braseé,
perdidamente sachê,
infinitamente Dalê!

UM BEIJO...

Quando você quiser me mandar um beijo, 
Mande-o sem aviso, sem intermediários, sem avião,
Solte-o de verdade, em sonho, em liberdade, por decisão.
E eu saberei recebê-lo são, cheio e preciso.
Quando você quiser que eu saiba do teu beijo,
Conte-me, procure-me e saberás que eu o tenho,
Sem dívidas, sem divisões e inteiro!
E eu saberei recebê-lo são, cheio e preciso.
Quando quiser ver em mim o teu beijo, 
Beije-me apenas, de onde estiver, sem rodeios,
Marque-me com teu batom, teu gosto e tua razão.
E eu saberei recebê-lo são, cheio e preciso.
Quando você quiser me dar um beijo, 
Dê-me de longe, perto, de dentro,
Dê-me o beijo, um único beijo,
E eu saberei recebê-lo são, cheio e preciso.
Dê-me,
Só um beijo...

DENGUE

Quando esta febre passar, vou suar em outras dengues,
Vou procurar ter razão.
Quando esta febre passar, vou voltar deste menino,
Vou procurar ter coração,
Quando esta febre passar, vou juntar todos pedaços,
Vou procurar ter emoção,
Quando esta febre passar, vou dormir um sono seco,
Vou procurar ter paixão...
Quando esta febre passar, vou procurar me aquecer,
Em você, minha vacina...

domingo, 21 de novembro de 2010

20 DE NOVEMBRO

A consciência do cinismo intolerante é negra,
É negra a consciência que temos de nós mesmos.
É consciente a diferença que criamos
Entre nós e nossas supostas raças.
A consciência que procuramos não tem cor,
Não tem raça, não tem reservas de vagas.
A consciência negra que temos
É sobre a consciência branca,
Que ainda impera, faz chacota e se faz violenta.
A consciência que nos violenta,
É a consciência que temos de ser inconscientes,
Intolerantes e incolores...
20 de Novembro,
Dia da Consciência Negra, Branca,
Amarela, Vermelha,
Incolor!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

PROFESSORA

Me ensina a ser goiana,
A ser matogrossence,
A ser menina e ter virtude,
Me ensina...
Me dê aulas de felicidade,
De bom humor,
De como fazer amor,
Me dê aulas...
Me faça entender de direito,
De comércio,
De defeitos,
Me faça entender...
Me transmita tolerância,
Indiscriminações,
Cumpricidades,
Me transmita...
Me alimente de sonhos,
De verdades,
De paixões.
Me alimente...
Me dê o prazer dos bons sorrisos,
Das filosofias dos sentimentos,
Dos princípios da dança,
Dos dividendos da esperança,
Me dê...
Me alivie da ignorância,
Da injustiça,
Do desamor,
E da saudade.
Me alivie....
Me ensina a ser goiana,
A ser matogrossence,
A ser menina e ter virtude,
Me ensina... 

SEGREDO

Se eu te contar o que vai aqui, na minha cara,
No suor da minha liberdade,
No labirinto da minha felicidade,
No jeito da minha preguiça,
Na calma da minha força...
Se eu te contar o que vai aqui, na minha rotina,
Na retina que só reflete a saudade,
Na parede carente de um retrato novo teu,
Na panela que não cozinha mais a comida do prazer,
No tremor que minhas mãos denunciam a falta de você...
Se eu te contar o que vai aqui, no meu momento,
No escuro dos meus sonhos,
No sofrimento da roupa rasgada,
No silêncio da tua falta,
No crepúsculo de todas as rimas....
Se eu te contar o que vai aqui, na minha música,
No lamento desta canção, 
No tempo que discute o valor das horas,
No jeito de chorar lágrimas escondidas,
No momento de parar de pensar em você....
Se eu te contar o que vai aqui, no meu receio,
No meu medo de te machucar,
No destempero dos verbos,
Na ciência da calma,
Na vontade de você...
Se eu conseguisse te contar um pouco de mim...

DORMIR

Às vezes sinto vontade de dormir,
Mas me lembro que se durmo, não sei sonhar...
Prefiro me quedar acordado, sonhando com o teu sonho,
Rebelde em teu colo, maiúsculo em tuas mãos,
E inocente aos teus pés...
Às vezes sinto vontade de dormir, mas acordo de um pesadelo,
De não saber sonhar quando durmo,
E se durmo, tenho medo de não sonhar com você,
De não te achar e te ver,
De apenas não sonhar com você...
Às vezes sinto vontade de dormir, mas não durmo.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

TÔ AQUI, LÊ...

Tô parado aqui, pronto pra pular,
Na tua calma e entre as tuas dunas.
Tô louco, solto, absorto,
Lírico e lúdico, quase morto....
Tô parado aqui, infestado sob o luar,
Tonto, mocho e obturado.
Tô na tua ladeira e entre as tuas curvas.
Tô parado aqui a pensar,
Na tua alma e entre as tuas pernas...
Tô solto, louco, afoito,
Perdido na tua lembrança,
Despido de má esperança
E fraco, fundido em lança.
Tô parado aqui, entre versos,
Sublime ardor, desconexo...
Tô na rima, perdido em flor de lima,
Promíscuo entre as rimas,
Mas tô aqui...
Diuturno em você,
Desabado em você,
Distante e só em você,
Diante e puro a você,
Tô aqui, Lê...
Tô aqui, te esperando,
Te sonhando, te sonhando,
Te sonhando,
Tô aqui Lê...